quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo ... Dos melhores Amigos...

No Dia do Amigo venho aqui agradecer à Deusa por ter colocado cada um de vocês no meu caminho, quando há quase 4 anos conheci pela internet a Priscilla Duarte não imaginava que chegaríamos até aqui. Mas os Deuses nos trouxeram por suas mãos e por seu amor, mais do que irmãos e família, somos AMIGOS.
Tantos os que passaram pelo Grupo de Estudos Pagãos de Santos, muitos inclusive continuam meus amigos.
Impossível não lembrar de alguns que deixaram saudades, como meu caçula Davi, que se mudou pra São Paulo, me deixando meio orfã de filho, mãe também passa por isso!
Alguns outros que tiveram que se afastar por vários motivos, Ceiça, Pri Gaia, Rafaella, Elaine, Michelle...
Mas continuam fazendo parte da energia desse circulo, sempre.
Gratidão Priscilla por sua alegria, Letícia por seu humor, Mara e Karine pelas dores de cabeça que me dão, Rhaid por sua sensibilidade, Jachson por seu equilíbrio, Lívia por sua dedicação, Guilherme por seu ombro.
Gratidão à Eloá, Lulu e Rafá que estão se juntando à nossa família, gratidão pela Confiança depositada em nós e em nosso trabalho.
E claro...
Gratidão Natan por ter sido mais do que amigo, você foi e é um comigo. Mais do que Sacerdotes, Companheiros de Jornada, você e eu hoje conseguimos ser Natan e Babi, Sianna e Gawen, aceitando cada falha, cada tropeço e celebrando as alegrias das conquistas e vitórias.
Sejam quais forem os problemas ou alegrias, eles são sempre compartilhados entre nós.
Um provérbio sueco diz: "Uma tristeza compartilhada, se torna meia tristeza. Uma alegria dividida, se torna uma alegria dobrada." - Seguindo esse ditado ao pé da letra, você e eu aprendemos a fórmula do amor:
                              Respeito + Admiração + Paciência = Amor Incondicional.

A amizade é um amor que não morre - Mário Quintana. - Isso diz tudo.

Feliz Dia do Amigo para vocês ... irmãos da Arte que encontraram em seus caminhos mágicos pessoas especiais, há quem possam chamar de AMIGO!





* Uma amizade feita de momentos inesquecíveis... regada com lágrimas e sorrisos... e certamente estruturada no Perfeito Amor e na Confiança Perfeita.

                               Te amo meu AMIGO ... Gratidão por tudo que construímos e somos.
                          Que as Asas de Isis continue sobre nós, nos protegendo e guardando sempre.

Babi Guerreiro (Sianna Aset)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mitologias de Arthemís - Esbath de junho.


Curiosidades sobre a Deusa

Thargelia - o Thargelia, que é provavelmente idêntico ao antigo Thalysia (Oferta dos Primeiros Frutos), é um festival da colheita, celebrado quando o milho é debulhado. Embora em muitos casos o tempo varie de fazenda a fazenda e coincida com a real conclusão da colheita (maio ou junho), uma vez que este é um festival para Apolo (como um guardião de safras), ele nominalmente ocorre no sétimo dia, Seu aniversário. O festival tem duas partes: purificação e oferenda. O sexto dia (o aniversário de Sua irmã, Ártemis) é um dia de purificação, e dois homens (preferivelmente sem atrativos), os Pharmakoi (Bodes-Expiatórios), que foram alimentados pelas pessoas, são conduzidos pela cidade, e depois afugentados por ramos de figo e bulbos de cebola (venenosos/tóxicos e usados para a purificação). Um dos Pharmakos usa um colar de figos negros, o qual representa os homens da cidade, e o outro usa um colar de figos brancos, representando as mulheres. O dia seguinte é para a oferta dos primeiros frutos ao Deus; o Thargelos é feito com milho fervido e outros vegetais em um pote. Há disputas separadas de cantoria de hinos, para coros masculinos de homens e de meninos; os vencedores recebem um trípode, o qual eles então dedicam ao Deus.

Bendídia/Bendideia - festival realizado na Trácia, dedicado à Bendi, deusa da lua e da fertilidade, que corresponde a Ártemis. O festival consistia de corridas de cavalos e de procissões indo para o templo de Pireus.

Arkeia/Bear Festival - No santuários de Brauron e Mounychion em Attica, as meninas comemoraram o Arkteia ou "Bear Festival", um ritual de mistério quadrienais em honra de Ártemis, deusa dos animais selvagens e virgens. A lenda diz que este foi um festival de pré-nupcial necessária de todas as meninas da Ática. Uma série de vasos encontrados no santuários Arkteia retrata meninas, ambos nus e em chitons curto, aparentemente executando atividades rituais diversos, inclusive dançando e correndo. As cenas de corrida parecem mostrar garotas perseguindo um ao outro em uma disputa simbólica da sua mudança de status de "selvagem" para "domar".

Oferenda - As moedas de ouro mais antigas, cunhadas provavelmente por volta do século IV a.C., foram encontradas no templo grego de Éfeso, dedicado a Ártemis, erguido na atual Turquia.

Por: Fearghus e Epona




segunda-feira, 16 de maio de 2011

Esbath de Maio dá honras à Maat - O Equilíbrio.

No Antigo Egito a idéia de um estado de perfeita ordem e harmonia estava embutida no culto à deusa Maat, a deusa da justiça e da retidão de caráter. Acreditava-se que essa divindade era a mediadora entre as potências do céu e da terra. Ela regulava as relações entre os deuses, estabelecendo a harmonia entre eles e também entre os homens, fazendo com que estes pudessem viver em paz e em união. Por isso, todos os homens de responsabilidade na sociedade egípcia deviam viver de acordo com a Maat, ou seja, agir de acordo com rigorosos princípios religiosos e morais, vivendo uma vida justa e perfeita, em todos os sentidos. 
Falhar em viver segundo esses princípios implicava em ser julgado com muita severidade no chamado Salão de Maat ( o Tribunal presidido pelo deus Osíris, onde as almas dos mortos eram julgadas), ao passo que aqueles que viveram suas vidas de acordo com essas regras eram conduzidos por aquele deus através da Tuat, ( a terra da escuridão) até o outro lado, onde recebiam a Luz de Rá, o sol radiante) e se integravam à luz que emanava daquele deus. 
Na iconografia egípcia, a deusa Maat aparece como sendo a esposa, ou a parte feminina do deus Thoth, que com ele veio ao mundo quando as águas do abismo primitivo se abriram pela primeira vez. Seu símbolo era uma pena, que representava a leveza de alma que devia caracterizar todo aquele que ambicionava atingir a iluminação. Nos tempos mais antigos do Egito, o nome dessa deusa estava conectada também com os artesãos ( que deveriam fazer obras com perfeição, o que justifica o apreço com que o termo Maat é usado na simbologia maçônica dos graus superiores. Os egípcios usavam o termo de uma forma moral e espiritual, significando direito, verdade, lealdade, honestidade, retidão, caráter, justiça, probidade, etc. 

Correspondências: 
Simbolos: Pena de avestruz, Ank, balança, papiro, ollho de Hórus.
Cores: branco, azul, dourado.
Aroma: hortelã 
Erva: Urze.

Maat - Equilíbrio e Justiça

Bençãos de Maat à todos...
Em amor e confiança seguimos.

)O( Sianna Aset )O(

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Thot- Senhor da Escrita e do Tempo

Todos sabem que sou Amante de todos o deuses egípcios e amo cultuá-los e escrever sobre eles. Mas sem dúvida Thot é um dos mais especiais para mim, e um dos deuses que tenho uma devoção muito grande. Até mesmo criei um blog em sua homenagem, está no comecinho ainda não fiz muitas postagens, nem coloquei tantos conteúdos mas já está no ar. Prometo postar em breve, se Thot assim permitir. O link é esse: http://natanbrith.multiply.com/ Aguardo a visita de todos!

Bem... vamos então conhecer um pouquinho mais desse Deus que nos ensina muitas coisas a cada dia que o invocamos.

Thot- "Djehuty" ou "Tehuty" em egípcio, seu nome significa " O que veio da Cidade de Djehut (Hermópolis)"

O culto solar lhe dá o posto de "Escriba da Enéade" (grupo de 9 deuses que compõe a gênesis solar) Ele está relacionado com a escritura hieróglifa (da qual é criador) e as ciências como matemática, a geometria ea magia. Conhece as leis e é o visir da corte de Rá.

E Thot vemos representada a vasta sabedoria de Netjer (Deus), assim como todas suas atividades intelectuais.

Thot e o Deus Lunar Iah, são sincretizados o que transforma Thot no inventor do calendário.

Os sacerdotes da cidade de Hermópolis tomam ao sábio Thot como centro de sua cosmogonia chamada "Ogdóade". Nela o deus se encontra a cabeça de oito deuses criadores compostos por rãs e serpentes. Keket e Kek eram as trevas, Nunet e Nun, o oceano, Hehet e theh, o espaço infinito, e Amunet e Amun, o poder da invisibilidade- o vento. Perpetuaram a existência por meio dos sons de suas vozes. Eram também conhecidos como "as almas de Thot" e cantavam e salmodiavam para manter o sol girando e impedir que o céu caísse.

Seus animais sagrados são o babuíno, forma sob a qual vai em busca do Olho do Sol, e o Íbis.

Em algumas localidades sua esposa é Seshat (Senhora da Escrita e Guardiã das Bibliotecas Sagradas), enquanto em outras é Maat (a Ordem) que o acompanha.

Por Gawen Ausar)O

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rainha Ísis


Mãe e rainha

O túmulo do faraó Tutmósis III no Vale dos Reis é de difícil acesso; primeiro temos de subir uma
escada de metal instalada pelo Serviço das Antiguidades e depois introduzirmo-nos num estreito
túnel que penetra pela rocha adentro. Os claustrófobos vêem-se obrigados a desistir; mas o esforço é
recompensado porque, no fim da descida, descobrimos duas salas: uma de tecto baixo com paredes
decoradas com figuras de divindades, e outra mais vasta, a Câmara da Ressurreição. Nas suas
paredes, os textos e as cenas do Amduat, ”O Livro da Câmara Oculta”, revela as etapas da
ressurreição do Sol nos espaços nocturnos e a transmutação da alma real no Além.
Num dos pilares, uma cena surpreendente: uma deusa saída de uma árvore amamenta Tutmósis III.
Amamentado deste modo para a eternidade, o faraó é regenerado para sempre. O texto hieroglífico
indica-nos a identidade desta deusa de inexaurível generosidade: ísis. Mas ísis é também o nome da
mãe terrena deste rei, uma mãe cujo rosto foi preservado numa estátua descoberta no famoso
esconderijo do templo de Carnaque’: de faces cheias, tranquila e elegante, a mãe real ísis exibe
longas tranças e um vestido de alças. Está sentada, com a mão direita sobre a coxa e tem na mão esquerda um ceptro floral. Apenas sabemos que o filho a venerava e que tinha o nome da mais célebre das deusas do Antigo Egipto.

A paixão e a demanda de ísis

ísis, a Grande, reinara nas Duas Terras, o Alto e o Baixo Egipto, muito antes do nascimento das
dinastias. Em companhia do seu esposo Osíris, governava com sabedoria e conhecia uma felicidade
perfeita. Até que Set, irmão de Osíris, o convidou para um banquete. Tratava-se de uma cilada, pois
Set estava decidido a assassinar o rei para ocupar o seu lugar. Utilizando uma técnica original, o
assassino pediu ao irmão que se deitasse num caixão para ver se era do seu tamanho. Imprudente,
Osíris aceitou. Set e os seus acólitos pregaram a tampa e lançaram o sarcófago ao Nilo.
Os pormenores desta tragédia são conhecidos graças a um texto de Plutarco, iniciado nos mistérios
de ísis e Osíris; as fontes mais antigas mencionam apenas a morte trágica de Osíris, cujas desgraças
prosseguiram, pois o seu cadáver foi retalhado. Set convenceu-se de que aniquilara o seu irmão para
sempre.
ísis, a viúva, recusou a morte.
Mas o que podia ela fazer, além de chorar o marido martirizado? Um projecto insano nasceu no seu
coração: encontrar todos os pedaços do cadáver, reconstituí-lo e, graças à magia sagrada cujas
fórmulas conhecia, restituir-lhe a vida.
Assim começou a busca de ísis, paciente e obstinada. E quase conseguiu! Todas as partes do corpo
foram reunidas menos uma: o sexo de Osíris, engolido por um peixe. Desta vez, ísis tinha de
desistir.
Mas não desistiu: convocou a irmã Néftis, cujo nome significa ”a senhora do templo”, e organizou
uma vigília fúnebre. Eu sou a tua irmã bem amada, disse ela ao reconstituído cadáver de Osíris,
não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro, e nada me
separará! Durante horas, ísis e Néftis, de corpo puro, inteiramente depiladas, com perucas
encaracoladas, a boca
purificada com natrão, pronunciaram encantamentos numa câmara
funerária obscura e perfumada com incenso, ísis invocou todos os templos e todas as
cidades do país para que se juntassem à sua dor e fizessem a alma de Osíris regressar do
Além. A viúva tomou o cadáver nos braços, o seu coração bateu de amor por ele e
murmurou-lhe ao ouvido: Tu, que amas a vida, não caminhes nas trevas.
O cadáver, desgraçadamente, permaneceu inerte.
ísis transformou-se então num milhafre fêmea, bateu as asas para restituir o sopro da vida
ao defunto e pousou no sítio do desaparecido sexo de Osíris, que fez reaparecer por magia.
Desempenhei o papel de homem, afirma ela, embora seja mulher. As portas da morte
abriram-se diante de ísis, que conheceu o segredo fundamental, a ressurreição, agindo como
nenhuma deusa o fizera antes: ela, a quem chamavam ”a Venerável, nascida da Luz, saída
da pupila de Hator (o princípio criador)”, conseguiu fazer regressar aquele que parecia ter
partido para sempre e ser fecundada por ele.
Assim foi concebido o seu filho Hórus, nascido da impossível união da vida e da morte.
Um acontecimento importante, porque este Hórus, filho do mistério supremo, foi chamado
a ocupar o trono do pai, doravante monarca do Além e do mundo subterrâneo.
Set não se deu por vencido. Só havia uma solução: matar Hórus. Ciente do perigo, ísis
guardou o filho entre os papiros do Delta. Não faltaram perigos - a enfermidade, as
serpentes, os escorpiões, o assassino que ronda... - mas ísis, a Maga, conseguiu preservar o
seu filho Hórus de todas as desgraças.
Set não admitiu o seu fracasso e contestou a legitimidade de Hórus, que era no entanto
sobrenatural, convocando então o tribunal das divindades a fim de conseguir a condenação
do herdeiro de Osíris. Como o tribunal se reuniu numa ilha, Set usou o seu engenho para
que uma decisão iníqua fosse adoptada: o barqueiro devia impedir as mulheres de entrarem
na sua barcaça, e assim ísis não poderia defender a sua causa.
Mas iria a viúva desistir ao cabo de tantas provações? Por conseguinte, convenceu o
barqueiro oferecendo-lhe um anel de ouro; apresentou-se diante do tribunal, venceu a má fé
e os argumentos especiosos e fez aclamar Hórus como faraó legítimo.
Esposa perfeita, mãe exemplar, ísis tornou-se também no garante da transmissão do poder régio - aliás, o seu nome significa ”o trono”. Percebe-se que,
segundo o pensamento simbólico egípcio, é o trono, ou, por outras palavras, a Grande Mãe,
a rainha ísis, que gera o faraó.

ísis, maga e sábia

ísis é a mulher-serpente que se transforma em uraeus, a naja fêmea que se ergue na fronte
do rei para destruir os inimigos da Luz; uma desastrosa evolução e o desconhecimento do
símbolo primitivo tornaram a boa deusa-serpente no réptil tentador do Génesis que causa a
perdição do primeiro casal, ísis e Osíris, pelo contrário, afirmam a vivência de um
conhecimento luminoso graças ao amor e ao que está para além da morte.
Sob a forma da estrela Sótis, ísis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo; debruçada em
choro sobre o corpo de Osíris, faz subir as águas benfazejas que depositam a vaza nas
margens e asseguram a prosperidade do país - aliás, a cabeleira de ísis não forma os tufos
de papiros emergindo do rio?
Esta magia cósmica de ísis nasce da sua capacidade para conhecer os mistérios do universo
e, entre eles, o nome secreto de Ra, encarnação da Luz divina. É certo que o coração de ísis
era mais hábil do que o dos bem-aventurados e que era conhecida dos céus e da Terra,
ignorando apenas o famoso nome secreto de Ra, que este não confiara a ninguém, nem
mesmo às outras divindades, ísis lançou-se ao assalto do bastião: apanhou um escarro de
Ra, amassou-o com terra e formou uma serpente. Escondeu o réptil sagrado num arbusto
que ficava no caminho do deus e, quando este passou, o réptil mordeu-o. O coração de Ra
ardeu e, depois de tremer, os seus membros arrefeceram. Embora fora do alcance da morte,
o veneno causou-lhe grande sofrimento e ninguém conseguiu curá-lo.
ísis decidiu intervir e restituir-lhe a saúde, contanto que Ra lhe confiasse o seu nome
secreto. O divino Sol tentou enganá-la confiando-lhe vários nomes mas nunca mencionando o nome correcto. Intuitiva, ísis não se
deixou enganar e Ra, exausto, foi obrigado a revelar-lhe o seu verdadeiro nome. ísis curouo
e guardou o segredo
para sempre.

Os lugares de ísis

Cada uma das partes do corpo de Osíris deu origem a uma província, e assim todo o Egipto
foi assimilado ao seu ressuscitado esposo, animando a totalidade do país. ísis sentia-se,
pois, em toda a parte como na sua própria casa.
No entanto, quando percorremos o Egipto, descobrimos três lugares particularmente ligados
a ísis, de Norte para Sul: Behbeit el-Hagar, Dendera e Filas.
Behbeit el-Hagar, no Delta, é um local desconhecido dos turistas. Uma vez saídos de um
dédalo de ruelas, sofremos uma viva decepção quando chegamos lá: o que resta do grande
templo de ísis, além de um monte de enormes blocos de granito ornados de cenas rituais?
ísis foi venerada aqui, mas o seu templo foi destruído e utilizado como pedreira, sem
nenhum respeito pelo seu carácter sagrado. É impossível deixar de pensar na época em que
ali se erguia um santuário colossal dedicado à senhora dos céus.
O nascimento de ísis é situado simbolicamente em Dendera, no Alto Egipto. O santuário da
deusa Hator está parcialmente conservado, mas o templo coberto e o mammisi (templo do
nascimento de Hórus) existem ainda, bem como um pequeno santuário onde, segundo os
textos, a bela ísis veio ao mundo com uma pele rosada e uma cabeleira negra. Foi a deusa
dos céus que lhe deu vida, enquanto Amon, o princípio oculto, e Chu, o ar luminoso, lhe
concediam o sopro vital.
Na fronteira meridional do Antigo Egipto reina Filas, a ilha-templo de ísis; aqui viveu a
derradeira comunidade iniciática egípcia, aniquilada por cristãos fanáticos. Ameaçados de
destruição pela inundação do ”alto dique”, a grande barragem de Assuão, os templos de
Filas foram desmontados pedra por pedra e reconstruídos numa pequena ilha vizinha. A
”pérola do Egipto” foi assim salva das águas. A visão deste lugar constitui uma experiência
inesquecível. De acordo com a vontade dos egípcios, os ritos continuam a ser celebrados graças aos hieróglifos
gravados na pedra; a presença de ísis é inteiramente palpável e ouvem-se as palavras pronunciadas
nas cerimónias pelas sacerdotisas da grande deusa: Ísis, criadora do universo, soberana do céu e
das estrelas, senhora da vida, regente das divindades, maga de excelentes conselhos, Sol feminino
que tudo marca com o seu selo-, os homens vivem às tuas ordens, sem o teu acordo nada se faz.

A eternidade de ísis

Vitoriosa sobre a morte, ísis sobreviveu à extinção da civilização egípcia, desempenhando um
importante papel no mundo helenístico até ao século V d.C. O seu culto espalhou-se por todos os
países da bacia mediterrânica e mesmo mais além.
Tornou-se na protectora de numerosas confrarias iniciáticas mais ou menos hostis ao cristianismo,
que a consideravam o símbolo da omnisciência, detentora do segredo da vida e da morte e capaz de
assegurar a salvação dos seus fiéis’.
Mas ísis não exigia apenas uma simples devoção; para a conhecerem, os seus adeptos deviam
sujeitar-se a uma ascese, não se contentando com a crença mas subindo na escala do conhecimento
e transpondo os diversos graus dos mistérios.
Sendo o passado, o presente e o futuro, a mãe celeste de infinito amor, ísis foi durante muito tempo
uma temível concorrente do cristianismo. Mas nem mesmo o dogma triunfante conseguiu aniquilar
a antiga deusa; no hermetismo, tão presente na Idade Média, ela continuou a ser ”a pupila do olho
do mundo”, o olhar sem o qual a verdadeira realidade da vida não poderia ser apercebida. Aliás, não
se dissimulou ísis sob as vestes da Virgem Maria, tomando o nome de ”Nossa Senhora” à qual
tantas catedrais e igrejas foram dedicadas?

Ísis, modelo da mulher egípcia

Uma civilização molda-se de acordo com um mito ou conjunto de mitos. Todavia, no
mundo judaico-cristão, Eva é pelo menos suspeita, e daí o inegável e dramático défice
espiritual das mulheres modernas que se regem por este tipo de crença. Isto não acontecia
no universo egípcio, pois a mulher não era fonte de nenhum mal ou deturpação do
conhecimento. Muito pelo contrário: era ela que, através da grandiosa figura de ísis,
enfrentava as piores provações, tendo descoberto o segredo da ressurreição.
Modelo das rainhas, ísis foi também o modelo das esposas, das mães e das mulheres mais
humildes. Aliava à fidelidade uma indestrutível coragem perante a adversidade, uma
intuição fora do comum e uma capacidade para penetrar nos mistérios. Por conseguinte, a
sua busca servia de exemplo a todas quantas procuravam viver a eternidade.

Retirado do livro: As Egípcias- Christian Jacq

Achei muito interssante esse capítulo que fala sobre Ísis e fala de uma maneira tão clara sobre seus mistérios e seus diversos aspectos que resolvi compartilhar com todos aqui no blog. Pois esse mês de Abril é o mês que consagramos a nossa madrinha, pois completamos mais uma Roda de grupo. Que inicialmente era apenas um grupo de estudos e agora se tornou um coven.
Que Ísis continue nos abençoando com sua sabedoria e nos guiando com suas asas em seus mistérios.

Benção a todos da Grande Rainha!

Senebty!

)OGawen AusarO|--

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mabon Chegou

"A natureza esta de luto
em honra as arvores doam sua folhas
as flores suas petalas
e as frutas rolam pelo chão
Momento de colher e guardar
E se preparar para o frio e escuro
O que ficar para trás Cailleach leva consigo
O Deus se foi 
Mas o retorno é garantido
Em seu renascimento
Roda completa mais um ciclo"

by Rhaid Druantia



"O tempo dourado do verão se foi
O sol enfraqueceu
Depois do frio e da chuva do inverno
A alegria do verão virá outra vez!
Tudo que estava aprisionado será libertado.
O ciclo das estações continua a girar!
Agora o poder da mudança é liberado." 



by Gawen Ausar


Decidi compartilhar acima os escritos de alguns dos membros do Coven sobre o Mabon antes de falar algumas coisas sobre esse momento tão importante da Roda.
Para nós que rodamos pela Roda Sul o Equinócio do Outono assinala a chegada da parte escura do ano, o Deus se doou!
A Deusa assume sua face de Ceifadora e num dos mitos mais conhecido Ela aparece como Cailleach a Deusa que varre os campos recolhendo o que foi deixado para trás.
O Deus se torna o Sacrificado, se doando para que a Terra possa permanecer viva nos meses frios que estão por vir.


Um momento de introspecção, de reavaliação, de morrer, de se poupar, de economizar.


Algumas coisas devem ser evitadas na parte escura do ano, como por exemplo aqui no Coven, não dedicamos e nem iniciamos ninguém durante esse período da Roda.
Aprendemos que esse é um momento em que precisamos poupar nossas forças.


Particularmente posso dizer que gosto da parte escura do ano, sou da Corte do Inverno, e não posso negar!
E por mais estranho que possa parecer, toda vez que mergulho na minha escuridão interior saio de lá mais forte, mais decidida.
E como a Senhora Ceifadora assumi a decisão de fazer morrer certas coisas que me fizeram sofrer demais.
Quero limpar meus campos, quero deixar tudo lindo pra quando a Primavera chegar, ver as mais belas flores brotarem, não quero mais ervas daninhas no meu jardim.
Meu jardim... meu coração, é um lugar precioso demais pra deixar lá sentimentos feios e danosos, que só me farão mal.
Aconselho à todos fazerem um balanço de sua Roda pessoal, pois logo mais estaremos em Samhain, ano novo, Nova Roda e como resolução de ano novo pagão pretendo consertar coisas que larguei ao léu.
Estou começando por mim, próximo passo é o Coven... depois de 1 roda sabemos o que funciona e o que não funciona, está na hora de colocar esse poder em ação, o poder de mudar, de transmutar.


Agradeço a Senhora dos Grãos e Ceifadora, e ao Senhor Sacrificado, pelas lições de amor que me deram, amar também é dizer não, é também falar o que nos faz mal.
Obrigado por me deixarem perceber que sou mais do que Sianna Aset ou Ayslla Mab, por me deixarem ver através de outros olhos que sou Bárbara Guerreiro, Sacerdotisa e Filha dos Deuses Antigos, e que elas são faces de uma única mulher, que assim como a Deusa se expressa de diversas formas.


Não temo mais a parte escura, porque sei que ela dura exatamente o tempo que tem durar,  e depois que passar o Sol volta a brilhar.
Verei a Criança da Promessa renascer forte em Yule, eu o receberei de braços abertos e esperançosos, crendo que a vida se renova.


Lembro que li na Reconsagração um trecho de um livro famoso que fala sobre os atributos  do Outono... "da voz humana dá a faculdade de chorar e das emoções ele cria a mágoa..." muito verdadeiro, na 1ª semana do Outono uma torrente delas se deixou escapar... mas não são esses os grãos que quero estocar para o inverno, vou deixar eles nos campos para que Cailleach leve.


Estou tentando me alimentar de tudo que foi belo, de tudo que foi lindo, essa será minha dieta na parte escura do ano, cuide bem da sua, pois nós acabamos de entrar no Mabon.






Bençãos com o aroma fresco do Outono...


Dos Deuses das Colheitas Abundantes


)O( Sianna Aset )O(

domingo, 13 de março de 2011

Avalokiteshvara - Senhor da Compaixão


A face masculina mais próxima de Kuan Yin, é a de Avalokiteshvara. Um deus budista indiano cujo nome significa "Aquele que enxerga os clamores do mundo". É dotado do esclarecimento total, ficou nesse mundo para salvar todos os homens e animais. Nenhum sofredor apela a ele em vão. É representado com onze cabeças e mil braços.

"A musicalidade do ser possui tristeza e alegria inesgotáveis e infinitos

É o toque delicado de aspiração do infinito

É as lágrimas de dor nos olhos do adorador

É o sacrifício, no fim recompensado

Com uma coroa de rosas, ou espinhos



Ele mantém o mistério de todos os seres que se esforçam, sem o conhecimento

O ciclo infinito de dor sem sentido

As preocupações e aflições de um milhar de vidas

Pode-se olhar para eles, e ouvir sem piedade?



Eu os toco, eu os chamo para mim

Aqueles homens de pouca e de grande fé

Aqueles que choram e aqueles que sempre riem histericamente

Os pobres, os aleijados, os carentes, os infelizes

Em muitas partes, há pessoas para serem tocadas.



Eu os chamo a mim, e digo:

Toque tudo, toque tudo, toque todas as coisas e mais

Sua infelicidade é ilimitada, toque a mim

E estará em paz.



Eles gritam, choram, suas lágrimas são intermináveis

As diversas formas de miséria que todos os seres são herdeiros

Assombrar-me durante a noite.



Existem seres de alegria, de admiração, de prazer

Há céus de sensualidades e paraísos cheios de prazeres

Entretanto, onde podem aqueles que sofrem e lamentam ir

Aqueles para quem a ilusão de separação

É a verdadeira realidade?



Cordas e bobinas de enganos do mal

Fechaduras e grades e solidão sem fim

Antes de alegria vem a tristeza, antes do conhecimento, a dor

Antes da emoção da iluminação

Sou eu, quem ajuda aos feridos



Eu compartilho sua dor, eu mantenho-os em meus braços

Eu derramei as minhas lágrimas, para que possam perceber que eles não estão sozinhos

Abissais nas profundezas do universo infinito

Há quem se importa."

Segundo a lenda, Avalokiteshvara fez uma promessa que ele não iria descansar até que houvesse libertado todos os seres em todos os reinos do sofrimento. Depois de trabalhar diligentemente nesta tarefa por um longo período, ele olhou para fora e percebeu o imenso número de seres miseráveis que ?ainda precisavam ser salvo. Vendo isso, ele ficou desesperado e sua cabeça se separou em milhares de pedaços. Buda Amitabha colocou os pedaços juntos novamente com um corpo com mil braços, um olho em cada palma da mão para ver o sofrimento no mundo e onze cabeças, o topo do qual está Amitabha, permitindo Avalokiteshvara assistir a uma infinidade de seres sencientes ao mesmo tempo.

Podemos imaginá-lo como um arco-íris, como forma transparente, como um reflexo na água, representando o aspecto vazio e aberto da mente desperta. Ele transcende a solidificação de conceitos, incluindo a nossa idéia de que ele está "fora", separado de nós.

Ele está sentado num lótus e disco plano da Lua, com outro disco da lua atrás dele, refletindo a sua pureza total. Dois de seus quatro braços estão unidos na posição de oração, segurando o desejo de cumprir seu sonho. Em sua mão esquerda ele segura uma outra flor de lótus e em sua mão direita, outro, um rosário, que ele está usando para contar as repetições de seu mantra, Om Mani Padme Hum : Salve a Jóia no Lótus, que liberta todos os seres do sofrimento. Ele usa as sedas e enfeites de um Bodhisattva, representando todas as suas qualidades especiais, e a pele macia de um antílope por cima do ombro, simbolizando a sua total liberdade de violência. Ele sorri com profundo amor, compreensão e compaixão, seus olhos olham para todos os seres.

Mantra de Avalokiteshvara-

"Om Mani Padme Hum"



Download - http://www.4shared.com/get/njWZWBZ6/Msica_Tibetana_-_Tibet_Mantras.html

By: Gawen Ausar

Fontes:

FARRAR, Janet e Stewart - O Deus dos Magos, Siciliano - São Paulo; 1993

http://www.buddhanature.com/buddha/aval.html (visitado em 12/03/2011)

http://www.souledout.org/healing/healingdeities/avolokiteshvara.html (visitado em 12/03/2011)

quarta-feira, 2 de março de 2011

KuanYn - Deusa do Esbath de março.

Na mitologia chinesa, KuanYin é conhecida como a Deusa da Compaixão e da Misericórdia. Ela existiu como pessoa, igual a todos nós e somente depois de sua morte foi transformada em Deusa.

Também conhecida como Quan'Am (no Vietnã), Kannon (no Japão), e Kanin (em Bali). Ela cobre as planícies alagadas do Oriente, do Egito à China.

E é venerada em todo o mundo por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza espiritual.Esta Deusa enquanto viveu, percorreu o mundo, viu muita dor e então, jurou proteger e amparar todos os humanos até que o último sofrimento acabe.

KUAN YIN TORNOU-SE A INCORPORAÇÃO DA COMPAIXÃO.

Ela nos diz que se você cantar seu mantra diariamente, cultivará a compaixão que curará o mundo das mais dolorosas feridas.Kuan Yin, cujo nome significa "aquela que ouve os lamentos do mundo" é boddhisatva da Compaixão no budismo chinês.
Ela vive em uma ilha paradisíaca de P'u T'o Shan, onde ouve todas nossas preces.
Todos que trabalham com sua energia, sabem o quanto ela é doce e sutil, mas também o quanto é poderosa. Somente a menção de Seu Nome alivia o sofrimento e as dificuldades. Mesmo tendo alcançado a iluminação, Ela optou por permanecer no mundo dos homens. 
REPRESENTAÇÃO

Kuan Yin é representada com um dragão, pois ele é o símbolo mais antigo da alta espiritualidade, a sabedoria, a força e os poderes divinos de transformação.Algumas vezes, Kuan Yin é representada como uma figura muito armada, tendo em cada mão um símbolo cósmico diferente ou expressando uma posição ritual específica (mudras).

Isto caracteriza a Deusa como a fonte e alimento de todas as coisas. As mãos dela formam freqüentemente o Yoni Mudra, simbolizando o útero como a porta para entrada para este mundo pelo princípio feminino universal.

Outras vezes, Kuan Yin é representada sentada sobre uma flor de lótus. Nas pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de Budas e homens santos também aparecem flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema espiritualidade. 
Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas pegadas - um sinal de sua origem divina.

Hoje, muitos monges e fiéis dessa religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de lótus surgem debaixo de seus pés.

Com essa prática meditativa, acreditam eles, estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.
Na teologia Budista Kuan Yin é algumas vezes representada como capitã do "Barco da Salvação", guiando as almas ao Paraíso Oeste de Amitabha, a Terra Pura, a terra das bençãos, onde as almas podem renascer para continuar recebendo instruções até alcançar a iluminação e a perfeição.

Ela é também uma das quatro Bodhisattvas (P'u-sa em chinês), junto com Samantabhadra, Kshitigorha (Di-cang) e Manjushiri (Wen-shu) e em seu aspecto masculino se identifica com o Bodhisattva Avalokiteshvara, a quem em Tibetano se chama Chenresi: "Quem ouve e chora o mundo".

Exatamente igual a Ártemis, Kuan Yin é uma deusa virgem que protege todas as mulheres e crianças. A simplicidade que esta Deusa da Clemência gera ao seu redor e entre seus devotos, é de um forte sentimento de fraternidade universal.

Seus padrões morais e humanos tendem a nos conduzir para nos tornarmos mais compassivos e misericordiosos.Kuan Yin aparece nas nossas vidas para dizer que está na hora de alimentarmos nossos corações com a compaixão.

Compaixão pelos outros e também por nós mesmos. Você se importa pelos sentimentos dos outros? Ou não se interessa? O que lhe afasta da compaixão? Você é daquelas pessoas que feri antes de ser ferida? Tem medo de abrir seu coração? Compreende-se por compaixão a capacidade de ouvir, de dar aos outros e a si mesma um espaço para experimentar tudo que deve ser experimentado e sentido. Não fuja de seus sentimentos, a jornada da vida nos presenteia com inúmeras vivências, que devem ser degustadas nos fazendo desenvolver a compaixão por nós mesmos, assim como pelos outros.
De tal modo, esta maneira, fácil e confortável de pensar, levará o mundo lentamente, mas inevitavelmente, a se tornar um lugar melhor.


Nosso Esbath será celebrado dia 19 de março, sábado num lindo ritual aberto, para participar entre em contato conosco através do email: covenamantesdeisis@gmail.com ou por Skype: BabiGuerreiro.

Bençãos da Senhora da Misericórdia à todos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Coven Tuatha de Danan: PROTEÇÃO LEGAL - VOCÊ SABIA?

Gostaria de compartilhar com vocês o post dos meus amados irmãos de Uberlândia, os Thuathas sobre a lei que protege o culto religioso. Leiam e imprimam para terem com vocês.

Coven Tuatha de Danan: PROTEÇÃO LEGAL - VOCÊ SABIA?: "Hoje, a legislação mundial e a brasileira deixam bem clara a liberdade do ser humano de escolher sua crença, e protegem qualquer ameaça a es..."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Shiva - Senhor da Dança Cósmica


"Porque Eu, o Senhor supremo e indivisível, sou três: Brahma, Vishnu e Shiva. Eu crio eu mantenho eu destruo."

Shiva significa "benevolente" ou "favorável". É um deus do ritmo cósmico, do ciclo nascimento-morte-renascimento, sem o qual, não poderia existir o equilíbrio e a vida.
Shiva é o princípio destrutivo do Trimurti (trindade) de Visnu-Brahma-Shiva. Vishnu cria a vida ea preserva, Shiva termina os ciclos, e entre eles existe Brahma, unindo os opostos e criando um estado de equilíbrio. Segundo a mitologia hindu o rio Ganges flui dos cabelos de Shiva em sete riachos sagrados. Possuí o corpo polvilhado por cinzas e leva no cabelo uma lua crescente. A lenda diz que a lua flutuou para o topo do mar de leite quando o Universo estava sendo formado, e Shiva tomou-a como diadema. O símbolo lunar condiz com o papel de shiva como criador (lua nova), preservador e iluminador (lua cheia) e destruidor insano (lua minguante e negra). Também é representado com o tripundraka na testa e com um terceiro olho, como ornamento, usa cobras e, como Kali, um colar de caveiras, revelando seu aspecto Ceifeiro. Sua arma é o tridente de ferro que segundo o mito hindu foi originalmente fundido pelos Senhores de Darukavana, que com ciúmes da atração que suas esposas tinham pelo deus, se uniram para mata-lo com magia negra, criando um corço para distraí-lo, um tigre feroz para consumi-lo e armas amaldiçoadas para feri-lo. Shiva matou o tigre em um piscar de olhos e tomou sua pele como troféu, tocou o corço e o conservou sobre si como totem, pegando o ferro para formar o tridente. E celebrou sua vitória com uma dança celestial. Ele é geralmente representado em meditação ou matando os monstros do pensamento impuro.
Shiva é o senhor dos ascetas (pessoas que renunciam os prazeres e as ambições da vida em busca da iluminação espiritual), e muitos sadhus (ascetas santos) imitam sua aparência, passando cinzas, vibhuti e pasta de sândalo no corpo para ficar branco como a neve do Himalia, símbolo do deus. Eles também desejam atingir bênçãos e graças espirituais por meio de penitência e renúncia, realizando tarefas bizarras como ficar na mesma posição durante anos, manter os braços abertos até atingirem uma dor insuportável, andar sobre brasas, e por aí vai. Tais atividades para eles, criam uma "energia" espiritual capaz de realizar milagres psico-espirituais, chamado Siddhi.
Os lugares sagrados a Shiva são os Himalaias, os campos de cremação e os cemitérios. Ele despreza a riqueza material e o tambor, outro de seus símbolos, ecoa seus aspectos mântricos, que liberam a alma pelo ritmo sagrado.
Shiva também é cultuado como médico supremo, já que ao tomar compassivamente um terrível veneno produzido juntamente com Amrita no mar de leite primordial. Esse veneno tinha o poder de acabar com a humanidade, e Shiva, mesmo tendo o papel de destriuidor impede que isso aconteça bebendo o veneno. Parvati sua consorte (uma das faces de Durga) com medo que ele morresse bloqueia o caminho entre o estômago e a garganta, deixando assim o veneno alojado em sua garganta que fica com uma marca azul, Shiva recebe o título de "Nilakantha" (garganta azul).Outro mito que fala sobre a compaixão de shiva pela humanidade é quando Kali está embriagada pelo desejo de sangue ameaça destruir a humanidade e Shiva se coloca em seu caminho e permite que ela dance sobre seu corpo e beba de seu sangue para salvar a humanidade da destruição.
Seu animal sagrado é o touro branco, adorado na Índia como Nandi. Shiva muitas vezes toma sua forma animal, que é ligado a agricultura e a fertilidade, mostrando assim seu aspecto fálico, no qual é adorado como o Lingam, esse símbolo da energia criativa natural é acompanhado da Yoni que representa a fonte do poder criativo. O lingam é essencial para a dança da vida, da qual Shiva é o senhor, e para o processo de renascimento.
Shiva dança de duas maneiras: A Dança da Vida, e a Dança da Destruição. A Dança da Vida revela seu aspecto positivo, a fertilidade, a reprodução, o nascimento. A Dança da Destruição seu aspecto terrível, quando se transforma em um le o mortalouco, o antagonista, o severo ceifeiro a morte e a escuridão.
Essa dualidade de Shiva também se manifesta entre seu lado de senhor dos ascetas e de senhor da fertilidade. O falo de Shiva, não simboliza apenas a fertilidade, denota também a comunicação, a ligação entre o celestial e o mortal.

Mantra de Shiva

Om Namah Shivaya, Om Namah Shivaya
Om Namah Shivaya, Om Namah Shivaya
Om Namah Shivaya, Shivaya Namah Om
Shivaya Namah Om, Shivaya Namah Om
Shivaya Namah Om Namah Shivaya
Shiva Shiva Shiva Shiva Shivaya Namah Om
Hara Hara Hara Hara Namah Shivaya
Shiva Shambho Hara Hara Shambho
Hari om Hari om Hari om Namah Shivaya
Shiva Shambho Shambho Shiva Shambo Mahadeva
Hara Hara Hara Hara Mahadeva Shiva Shambo Mahadeva
Hala Hala Dhara Shambo Anatha Natha Shambho
Hari om Hari om Hari om Namah Shivaya

De: Gawen Ausar (Natan Brith)


Fontes:

TROBE, Kala - Invocação dos Deuses - Explorando o Poder dos Arquétipos Masculinos, Madras - São Paulo, 2002

FARRAR, Janet e Stewart - O Deus dos Magos, Siciliano - São Paulo; 1993

Mantra retirado do site: http://www.textosetextos.kit.net/shiva.htm (visitado em 04/02/2011)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lammas e a 1ª Colheita

Eu queria muito preparar um post sobre Lammas e tudo o que tenho meditado, depois tive outra idéia que não tive tempo de colocar em prática, então simplesmente vou postar aqui um poema lindissimo sobre a natureza da Deusa que tudo gerou...

Abençoada

Abençoada seja você
Que não teme e
Entende o que está
Escondido atrás dos véus
E em todos os céus.

Olhe para o que
Está além de ti.
O que cultuo é Sagrado.
A Deusa em mim
Recebe em magia a vida.
Sou o templo,
Sou o tempo, sou a
Eternidade e o momento.

Abençoado seja você
Que abre a porta da
Mente e vê a beleza de
Minha Mãe Natureza.
Essa é a minha religião.
Aqui está meu o meu
Mistério e o meu coração.

Nas sombras, meu livro
E se vivo, vivo porque
O círculo está aberto.
Estou perto de ti e de
Tudo que te faz sorrir.
E de tudo que te faz fugir.
Sou uma mistura
De todas as magias e
Como as duas, sou
Imprevisível, sou rio
Rio transbordando
Em correnteza, sou
A rude delicadeza.

Abençoada seja você
Que pode me escutar
Dialogar com outros Mundos.
Abençoada seja
Você que sabe que a
Minha arte está tatuada
Em estrela.
Sou a amante delicada
Dos solistícios e da lua nova.
Sou a mulher que
Beija os Sabaths e os
Esbaths.

E tudo mais que há.

Abençoados todos
Que conhecem o
Sagrado feminino.

Karla Bardanza


Bençãos da Mãe dos Grãos e do Senhor da Colheita, um bom Lammas á todos!

Em amor e confiança seguimos
Sianna Aset  

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Durga - Esbá de Fevereiro 2011

Durga Durga Maha Maya
Namah Durga Ya Namoh Namah

Durga, Durga, que retira o grande véu da ilusão;
Nós te reveren
ciamos Durga, nós te reverenciamos e te adoramos.



É com grande prazer que abracei essa responsabilidade em desenvolver a parte ritualistica do Esbá do mês de fevereiro deste ano.

Onde esse mês é muito especial para mim.

Mês do nascimento, iniciação e Wiccaning da minha filha, ou seja esse mês se torna mágico cada ano que se passa, e para fechar com chave de ouro a Deusa honrada neste mês és Durga, minha madrinha.


Durga - Mitologia


Durga é descrita como um aspecto guerreiro da Devi Parvati com 10 braços, que cavalga em um leão ou um tigre, carrega armas e assume , ou gestos simbólicos com a mão. Esta forma da Deusa é a encarnação do feminino e da energia criativa (Shakti).

A palavra Shakti, significa a força sagrada feminina, e Durga, reflete o aspecto guerreiro da deusa, encarnando um papel tradicionalmente masculino.

Ela é considerada a forma da esposa de Shiva, a deusa Parvati, como caçadora de demônios.
Durga é considerada pelos hindus como a mãe de Ganesha, Kartikeya, assim como de Saraswati e Lakshmi.
A Grande Deusa Durga é dita ser requintadamente bela. Sua imagem é extremamente brilhante (devi), com três olhos como lótus, dez poderosas mãos, cabelos exuberantes com formosos anelados, um vermelho-dourado brilhante de sua pele e um quarto crescente em sua testa.
Ela usa um brilhante traje azul marinho que emite raios. Seus ornamentos foram lindamente esculpidos em ouro, cravejados de pérolas e pedras preciosas.
De acordo com a narrativa do Devi Mahatmya do Markandeya Purana, a forma de Durga foi criada como uma deusa guerreira para combater um demônio. O pai do demônio, Rambha, o rei dos demônios, se apaixonou por um búfalo, e Mahish Asur (o demônio Mahish) nasceu desta união.
Ele é, portanto, capaz de mudar de forma de humano a búfalo de acordo com sua vontade (mahish significa "búfalo"). Através de intensa oração para Brahma, Mahishasur tinha a vantagem que ele não poderia ser derrotado por qualquer homem ou deus. Ele desencadeou um reinado de terror sobre a terra, céu e os mundos inferiores.
Uma vez que só uma mulher poderia matá-lo, a Santíssima Trindade Masculina desceu até o rio Ganges e rezou o mantra, "Om Namo Devaye", implorando a grande deusa Devi para salvar seu domínio da ruína. Eles foram abençoados com a sua compaixão quando a deusa Durga nasceu do rio.
Os aspectos da Deusa Durga
Durga é representada com quatro, oito, dez ou dezesseis braços, porém sempre segurando suas insígnias, que são a espada, o tridente, o chocalho e uma vasilha de sangue ou uma flor de lótus, enquanto cavalga, ora um leão, ora um tigre. Era conhecida com “A Inacessível”, por morar em lugares longínquos e recusar-se a interagir com seus devotos. Sendo a personificação do poder conjunto dos deuses, Durga tem uma natureza complexa, difícil de compreender, devido a suas características - às vezes contraditórias.
Quando fica raivosa, ela assume o aspecto sanguinário de Kali, sendo às vezes confundida com ela. No entanto, ela também é Mataji, a Mãe do Universo, cuja natureza compassiva e amorosa pode ser invocada para restaurar a paz no mundo e acalmar as mentes e corações em tempo de crise ou violência.
Em seu aspecto mais compreensível, Durga simboliza o poder de resistência e combate às forças maléficas. Nada mais oportuno do que invocá-la nestes momentos de conturbação e ameaça à humanidade e à paz mundial.

O Festival de Durgapuja ou Navaratri
14 de outubro à 22 de Outubro
O festival da deusa hindu Durga é um dos mais populares na Índia.
Durante nove dias , o evento é comemorado a partir do dia 14 de outubro, ao som de tambores e rituais que lembram a vitória do ‘‘bem’’ (no caso, Durga) sobre o ‘‘mal’’ (Asura) depois de uma histórica batalha.
A festa é comemorado por 9 (nove) dias, divididos em três e dedicados a Durga, Lahshimi e Saraswati rezando com os japa-malas a oração de suas deidades. Os devotos fazem jejum., ou consomem apenas leite e frutas.



Durga quer dizer literalmente: aquela que é difícil de abordar ou a inacessível
Fonte de Pesquisa:

Wikipédia
www.deva-dani.blogspot.com
www.teiadethea.org

Banner do Esbath de Durga - Por Sianna Aset