terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hathor - Deusa do Esbá de Outubro

Na Cosmogonia egípcia, uma divindade de grande prestígio entre as inúmeras deusas veneradas, era Hathor. Seu culto particularmente se desenvolveu em Denderah, onde ela tinha seu maior santuário, porém seus templos e capelas figuravam por toda parte do Egito. Dama de Gébélein, de Atfih, de Imahu, Hathor do Sicômoro em Mênfis, ela era adorada em todo o país.
Deusa das mais antigas, em tempos remotos ela desempenhava o papel da Grande Mãe, o céu distante e inatingível. Mas também era a nutris do mundo: regente e corpo do céu enquanto deusa celeste, alma viva das árvores, enquanto doadora da vida, era ela a terra fértil…
E mesmo parece que se confundia nela um aspecto guerreiro ( não fora ela que, sob a forma da leoa Sekhmet, dizimara a humanidade? ), e nesse particular, já que ela era doadora da vida, era igualmente detentora da morte, consequentemente assumindo um aspecto funerário.
Os textos e lendas nos contam que ela, sob a aparência de uma vaca, elevou Rá aos céus, quando este deus se desgostou da humanidade. E Rá, agradecido, atapetou o corpo da deusa-vaca com incontáveis estrelas! Essa belíssima história encontra-se relatada no Livro da Vaca Divina, e é fácil perceber que ela assume assim o aspecto da deusa Nut. Os próprios egípcios diziam que as estrelas eram o leite jorrado das tetas da Divina Vaca Celeste - a Via Láctea…
Como deusa funerária ela era Mehurt, a vaca piedosa que surgia do interior da montanha onde se localizava o Amenti, para acolher a alma do morto e envolvê-la sob a proteção do imenso colar menat, que trazia ao pescoço…
Contudo, sua forma mais difundida e seu aspecto mais venerado, é como Deusa do Amor.
Representada como uma mulher cuja a cabeça é ornamentada por chifres liriformes, onde se abriga o disco solar, tem ela nas mãos, além dos cetros divinos, algumas vezes o sistro, seu instrumento sagrado. E de seu pescoço, pende o menat o qual ela estende ao fiel, como doação de amor…
O nome de Hathor se escreve hieroglificamente com o desenho de um quadrado, representação de um templo, no interior do qual se encontra Hórus, o divino falcão. Essa grafia abriga em si um simbolismo profundo: ela é o templo no qual se encontra Hórus. "Templo, ou Castelo de Hórus", "Hwt.Her"é seu nome. Este Hórus, outro não é que o
Grande Hórus Solar, um aspecto de Rá ( ver Cosmogonia Heliopolitana ), cujo Templo de Hathorlexo está em Edfú, o "Hórus Behedet", o Grande Hórus Guerreiro. Não é por acaso que Hathor de Denderah é a esposa do Hórus de Edfú. De sua união, parece ter nascido Ihi, uma criança escura ( o Vazio, o nada antes da Criação ), que agita o sistro ( o vento cósmico criador). Dama tocando Sistro
O sistro é o instrumento musical sagrado de Hathor, e seu som simboliza as forças criadoras postas em movimento por ela, o Amor Divino. E nela, habita Hórus, cujo nome significa "O Altísssimo". Essa simbologia nos dá a idéia de que a deusa, filha e esposa de Rá ao mesmo tempo, é o amor universal que abriga em seu âmago a Luz do Criador. Hathor seria, então, a "Região Elevada donde a Luz Divina emana Seu Amor para o Mundo". Por isso ela é "A Morada de Hórus".
Dentre os inúmeros hepítetos da deusa, figuram os de "Senhora da Turquesa", "Dama do Sinai"( ela é a protetora dos mineradores ), "Hathor dos Cabelos Dourados", "Dama do Sicômoro", "Dama Perfumada de Acácia", ou mais comumente, "A Dourada".
O sagrado sistro lhe pertence, instrumento que difere em forma e sentido do sistro da deusa - gata Bastet.
A acácia, a mandrágora e o sicômoro lhe são consagrados ( donde sua identificação com Ísis eNut ). Ela é a Senhora de Punt, a Dama dos Perfumes, da Alegria, da Dança, jovem amável e sorridente…
Na família divina, parece que a deusa gozava de certo prestígio diante de Rá, seu pai ( não era ela o Amor Divino?). Os contos populares nos dão esta evidência na curiosa narrativa que aborda uma das façanhas de Ísis, empenhada na causa que levaria seu filho Hórus a obter a herança de Osíris, usurpada por seu tio Seth. Conta-se que Rá ficara muito aborrecido ( não vem ao caso o motivo de sua contrariedade ) e se trancara em seu quarto. Os deuses estavam intranquilos e temerosos da atitude do deus, mas Hathor destemidamente ousou entrar nos aposentos de seu pai. Aproximando-se de Rá, ela deu início a uma dança lasciva, enquanto se despia, terminando por ficar totalmente nua, sentada no colo de seu pai. Rá achou muita graça nessa atitude de Hathor e, abraçando-a, pos-se a rir e recuperou seu bom-humor! Percebemos aqui, que há na deusa um aspecto onde sagrado e profano se confundem. O fato dela dançar, nos dá evidências de que em seus templos, suas sacerdotisas certamente dançavam ao som de sistros e liras, em determinados rituais. Enquanto deusa cósmica geradora do universo, esta dança de Hathor poderia conter certos rudimentos incorporados posteriormente pelos árabes na Dança do Ventre.

 *** Simbolos e Referencias à Hathor
Cores: Tons lacteos, azul, verde e rosa claro e prata.
Essencia: Olíbano e Acacia
Cristal: Turquesa
Oferendas: Leite e Acacia
Simbolos: Chifres, crescentes lunares, utensilios de cobre como taças e jóias.
Sistros, Sinos e Tamborete

***Todos os simbolos citados acima e também maquiagem, cremes relacionados a vaidade e beleza podem ser consagrados.
E o Espelho é claro... que tem uma mitologia própria.

Iremos festejar sua face dia 22/10 as 22:00 na Praia do José Menino.
Os materias que serão utilizados no ritual já está postado na comunidade do grupo no orkut.

Nos vemos lá...
Em amor e confiança seguimos

)0( Sianna Aset )0(

sábado, 2 de outubro de 2010

Sob as bençãos de Eostre... e Fréya.

Fim de semana passado celebramos o Esbá para Fréya, o altar contou com uma estatua da Senhora dos Vanir trazida por nossa Fréya (Michelle), lindissima, um ritual cheio de alegria, onde fizemos também uma meditação para libertação de bloqueios psicológicos, fisicos e sexuais. Consagramos talismãs de amor e atração para Fréya também num grande clima de festa.

No domingo... celebramos Ostara, um Sabá cheio de alegria, que fala da juventude, do florescer, da fertilidade da Terra, do começo, do inicio, do romance dos Deuses, quando a Deusa enxerga o Jovem Gamo que foi seu filho se transformar num homem que pode ser o Rei do Ano, e ele vê sua Mãe se transformar na Linda Donzela da Primavera, pronta para juntos realizarem o Casamento Sagrado, que renova o amor e a vida sobre a Terra.
É na Primavera que Eles se apaixonam e começam a dar os primeiros passos da Dança Espiral da Criação,  onde eles se olham como homem e mulher, e esse o amor que sustenta a vida.
Uma das Deusas associadas ao Ostara é Eostre, uma Deusa teutônica, simbolizada pela lebre, pelos ovos e flores... um dos costumes é pintar ovos e presentear uns aos outros desejando fertilidade e sucesso na vida dos que amamos.
Época muito boa para magia de prosperidade, realização de desejos, fertilidade e novos inicios.
Bailes da Primavera eram muito festejados onde se coroava a Donzela mais bela como a Rainha da Primavera, a jovem que melhor desabrochava juntamente com toda a natureza.
Uma estação muito linda, das cores e dos aromas e também dos amores, muitos amores que duram começam a desabrochar na Primavera... coincidência?
A Deusa as vezes tece a Teia de forma misteriosa... foi o 1º encontro de Gawen no Grupo de Estudos num Sabá de Ostara, e 1 ano depois ele celebrou o Grande Rito no Sabá de Ostara comigo quando ritualizei pela primeira vez como dedicada, e futura Sacerdotisa.
Em nosso 3º Ostara e prestes a completar nossa 1ª Roda completa como Sacerdotes de um Coven podemos dizer que vivemos emoções que não imaginávamos ser possiveis, e que nem todo o preparo e aconselhamento do mundo serviria se não tivéssemos confiado nos Deuses que servimos com amor.
Foram noites em claro estudando, meditando, dias de muito riso, e também momentos de dor, de lágrimas. Foram momentos inesqueciveis, únicos, momentos que nos pertencem, e que somente nós dois sabemos de sua importância, as vezes que nos consolamos mutuamente pelos mais diversos motivos.
Fomos Desafiadores um do outro, Pai e Mãe, irmãos, amigos, companheiros... Não fui eu quem te estendeu a mão para te guiar... você me pegou pela mão e me disse: Me leve contigo.
No momento em que eu achei que fosse desistir de tudo, você confiou que eu te levaria através dos portais para algo além de seu conhecimento, e por sua confiança eu consegui.
E juntamente contigo guiei outros, tenho seguido ao seu lado nessa Roda vendo sua transformação, seu amadurecimento. Agradecendo pela grata surpresa que a Deusa me trouxe há 02 anos átras no dia do meu aniversário (coincidência???) o menino franzino, de bata branca e cabelo cacheado, meio timido... que foi me conhecer pessoalmente, depois de muita insistência minha, na minha festa... rsrsrs... e no dia seguinte eu parecia te conhecer a vida inteira!
Essa é a magia de Ostara... a magia dos Inicios... do Amores... da Fertilidade... quem poderia imaginar que 2 anos depois seriamos Sacerdotes do nosso Coven, fundamentado por nós?
A vida é mesmo surpreendente.
Bençãos das Senhora das Rosas à todos...
Um amor belo e suave com aroma de flores...
E muita alegria... pois brevemente estaremos celebrando o Fogo de Beltane!

Caminhamos juntos em amor e confiança perfeita sempre...

)0(Sianna Aset)0(